segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

By Starlight

O post de hoje, acreditem, começou em uma esteira. Tudo fica mais fácil com um iPod conectado ao seu ouvido. Na sequência estava rolando Smashing Pumpkins, o “Mellon Collie and the infinite sadness”. Eu já adorei este álbum pelo nome, que sacada fantástica de Billy Corgan.


Ouvi-lo é uma viagem. E o que é melhor. Comprei o álbum duplo, novo, pela net, por R$ 14 num desses saldões há um bom tempo. Ele tá sempre ao alcance. Eu vi o SP ao vivo, na turnê de “Adore”, foi ótimo, mas eu queria mesmo era estar no show do Hollywood Rock...


Na tentativa de manter o blog o mais pessoal possível, tem historinha de novo. Acredito que tem pessoas que não encontrarão a sua ‘metade’ nesta vida. Acho que isso é mais difícil que ganhar na loteria, entrar num reality show ou não pegar fila em dia de promoção no cinema...


Às vezes eu sinto que rasguei dois bilhetes premiados fora. Rasguei no sentido de quase dilacerar um coração, figurativamente falando. Por um tempo achei que era almaldiçoada, fazia sofrer a qualquer um que pudesse desenvolver um certo amor por mim. E, acreditem, não foi por maldade. Talvez por imaturidade, medo, confusão.


Imagine ter alguém em quem você pode confiar, mesmo há 600 km de distância. Alguém que te ama incondicionalmete e parece saber absolutamente tudo sobre você. Eu estive com alguém assim. Lia até meus pensamentos. E um ano e meio depois, eu acabei com tudo. Olhando pra trás, fico imaginando que se temos uma chance apenas de ser feliz sentimentalmente falando... a minha se foi.

Eis que anos mais tarde, foi como se ganhasse na loteria de novo. Mas eu fiquei com tanto medo de expressar o que estava sentindo, para não parecer piegas ou precipitada, que não demonstrei nada. Afinal, era uma loucura, em uma cidade como Seatle, eu encontrar alguém praticamente perfeito. Eu só precisava ter cancelado o resto da viagem, sei lá, fazer aquela loucura que fazemos uma vez na vida, como nos filmes...e não o fiz. Quando eu resolvi falar tudo que eu tinha escrito no diário, já era tarde demais.


Estar apaixonado é muito bom. Sinto saudade da falta de ar, da adrenalina, dos pensamentos olhar estrelado distante. E, oh Deus, senti isso de novo no ano passado. E desta vez prometi que não cometeria o mesmo erro. Não sou muito boa em falar, pelo contrário. Travo muito fácil. Então, escrevi dia a dia, como num diário, diálogos fictícios com esta pessoa. Era pra mostrar que, mesmo estando longe, pensava nele quase todos os dias.


Pronto, falei. Mas, mais do que falar, ficamos uns bons minutos sem falar nada olhando nos olhos, diretamente, um do outro. E é isso que eu quero guardar. Eu disse tudo, sem dizer nada. Missão cumprida.


Se me fez bem? Acho que não muito, mas também não me fez mal. Também não deu certo. “Você é igual a mim”, disse ele. Realmente somos muito parecidos, mas nem sempre isso é algo que conta a seu favor.


Rumors


Eu não podia deixar de comentar o que o Klaus falou esses dias, quando me chamou no MSN: “Já faz tempo que você acordou? Depois que li seu blog fiquei com medo de você.” Olhem só o que eu fiz...e isso vindo de alguém que me conhece tipo há uns...dezoito anos. Seria engraçado, se não fosse trágico. Hahahahaha, eu não sou tão ranzinza assim!


, o que tem feito no A211? Eu a ainda uso sim, pra ir pra casa da minha mãe. Mas, sabe que tem o Beija-Flor? Vai direto, sem passar pelos terminais. O problema é que são horários flutuantes.


Deinha espero que viaje muito ainda por aqui comigo e com os leitores fofos que tenho e que eles tenham a mesma sorte que você com seu lindo amor!



By Starlight – do disco Mellon Collie and the infinite Sandess (1995) do Smashing Pumpkins


By starlight I'll kiss you
And promise to be your one and only
I'll make you feel happy
And leave you to be lost in mine
And where will we go, what will we do?
Soon said I, will know
Dead eyes, are you just like me?
Cause her eyes were as vacant as the seas
Dead eyes, are you just like me?
And all along, we knew we'd carry on
Just to belong


By starlight I know you
As lovely as a wish granted true
My life has been empty, my life has been untrue
And does she really know, who I really am?
Does she really know me at last
Dead eyes, are you just like me?

À luz das estrelas (tradução livre minha)


À luz das estrelas eu te beijarei
e prometo ser seu primeiro e único
eu te farei feliz
e te deixarei se perder em mim
E, para onde vamos, o que vamos fazer?
Logo dito eu, saberei
Olhos mortos, vocês são como eu?
porque os olhos dela são vagos como os mares
olhos mortos, vocês são como eu?
E por todo esse tempo, a gente saberia o que estava carregando
apenas para pertencer

À luz das estrelas eu  te conheço
Tão amável como um desejo que se torna realidade
minha vida tem sido vazia, minha vida tem sido falsa
e será que ela realmente sabe, quem eu realmente sou?
Será que ela, ao menos me conhecer?
Olhos mortos, vocês são como eu?

FOTO: DIVULGAÇÃO

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Bittersweet Simphony

Tem uma frase muito verdadeira na música de hoje que vocês vão ver. Eu sou uma pessoa. Ponto. Posso ser outra a qualquer hora e continuar a ser a mesma. Dependendo do ponto de vista, não é algo tão ruim.
Muitas vezes acho que funciono como um espelho. Minhas atitudes refletem o que está na minha frente. Isso tá certo? O que vem, volta.

Há coisas que não tem como mensurar. Atenção, amor, carinho, afeto, ódio, indiferença, simpatia, antipatia, apatia…

Sou muito bem resolvida com minha a minha solidão. O que não impede de ter dias em que o que mais quero é estar rodeada de gente. Acontece pouco, mas acontece.

Tenho alguns problemas difíceis de administrar, como, por exemplo, um mau humor terrível ao acordar, independente da hora em que durmo. Quem convive há mais tempo comigo já sabe...outros, não têm a mesma sorte.

Tô com uma leitora nova no blog que sentiu isso na pele. Entrou como minha repórter quando eu era editora online. Madrugava na redação. E ela, feliz que é (até hoje), chegou bradando um “bommmm dia, com aquele sorriso enorme no rosto e postura “estou pronta para o meu primeiro dia de trabalho, como começo?”

Ai vai a cacetada....”Bom dia por que? Acordei cedo, já peguei três ônibus pra chegar aqui e a internet tá lenta...”

Alguns anos depois vim a saber do pensamento que passou pela cabeça da Deinha Diniz...”O que eu podia esperar de uma chefe de cabelo roxo, tatuada e com piercing no nariz...” Mais tarde ela ficou imortalizada pela frase "Adre, depila esse coração peludo..."

É melhor tomar cuidado com o que mostramos... mas todas as minhas “pessoas diferentes” são bem transparentes. Outro “problema”. Detesto que pessoas que eu não conheço me encostem, assim, ficar pegando, abraçando de forma pouco natural. Por outro lado, sou capaz de ficar por horas e horas abraçada com alguém sem dizer uma palavra e curtir a sensação de segurança e cumplicidade...abraço e muito meus amigos quando nos encontramos... pele é fundamental... mas tudo tem sua hora e lugar...ou não.

Não
gosto de telefone. Adoro SMS, se pode responde, se não pode deixa pra depois. Acho que o período em que trabalhei com telemarketing me traumatizou quanto a telefone pro resto dos meus dias. Mas...olha o mas ai... em alguma situações é bom ouvir a voz de quem está longe, ai sim, “você quer falar por horas e horas e horas” (oops, essa não é a música de hoje).

Sobre o medo de dirigir, , baby, eu consegui tirar a CNH, bem, é provisória por um ano... mas no nono exame, depois de nove anos, aprovada. O examinador me deixou menos nervosa...só perdi dois pontos por deixar o carro apagar depois de uma baliza perfeita...

Carro ainda não tenho, talvez não seja pra este ano, mas vou usando o do meu pai e do meu cunhado sempre que possível, mas a princípio é bom ter um motorista mais experiente do lado. Faça isso também. Qualquer dia a gente pode sair e treinar juntas. Você na ida e eu na volta ou vice-versa. Acho que herdamos isso do Kurt...dizem que ele dirigia como uma “velhinha de 50 anos, tenso ao volante quase com a cara grudada no vidro e nunca há mais de 40”... Ainda podemos reverter o quadro e salvar a reputação do motorista grunge....

Da perfeição estou longe e por aqui devo ficar. Se não tivesse o que consertar a vida não seria tão boa.




Bittersweet symphony – The Verve - Do disco Urban Hymns (1997)

'Cause it's a bittersweet symphony, this lifeTrying to make ends meetYou're a slave to money then you dieI'll take you down the only road I've ever been downYou know the one that takes you to the placeswhere all the veins meet yeah

No change, I can't change
Ican't change, I can't changeBut I'm here in my mindI am here in my mindBut I'm a million different peoplefrom one day to the nextI can't change my mindNo, no, no, no, no….

W
ell I never prayBut tonight I'm on my knees yeahI need to hear some sounds that recognize the pain in me, yeahI let the melody shine, let it cleanse my mind, I feel free nowBut the airways are clean and there's nobody singing to me now

C
horus

I can't change
I can't change it

Verse 1Chorus

Sinfonia amarga (tradução livre by me)


Esta é uma simfonia amarga, esta vida

tentando fazer com que as coisas aconteçamvocê morre enquanto é escravo do dinheiroeu te levarei pela única estrada que estivevocê sabe, aquela que leva você aos lugaresonde tudo acontece

Sem mudança, eu não posso mudar
mas eu estou aqui no meu mundoeu to aqui no meu mundomas eu sou um milhão de diferentes pessoasde um dia pro outroeu não posso mudar meu mundonão, não, não, não, não...

Bem, eu nunca rezo
mas esta noite estou de joelhos
e
u preciso ouvir alguns sons que reconheçam a dor em mimvou deixar a melodia brilhar, limpar meu mundo, me sinto livre agora
m
as o espaço está limpo e não há ninguém cantando pra mim agora



Refrão

Eu não posso mudar
Eu não posso mudar isso

Verso 1


Refrão


FOTO: DIVULGAÇÃO

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Silent Sigh

Em 2004 eu sai do país pela primeira vez. Fui para Londres, sem planejar muito. "Culpa" do Luciano, um amigo e tanto, jornalista super talentoso e um coração enorme. Nos falamos em dezembro e no final de abril lá estava eu na Munster Square...

Uma experiência que recomendo a todos, conhecer países do primeiro mundo...depois da primeira vez, não parei mais. Não vou com a constância que gostaria, mas está sempre nos meus planos.

Talvez um dia eu detalhe mais essa viagem. Fiquei hospedada na casa de três jornalistas...entre eles estava o Juliano...imagine, um cara que tinha todos os CDs que eu gostaria de ter...

Esta música em especial eu ouvi por lá e depois de rever o filme veio muita coisa à minha cabeça...mas o videoclipe é muito meigo, assista se tiver interesse: http://www.youtube.com/watch?v=NY-oQEy1KFU

Esse mocinho, aka Badly Drawn Boy, é muito talentoso e fez uma trilha e tanto para este filme.
 
Silent Sigh (Badly Drawn Boy) - do disco e filme About a boy (Um grande garoto), de 1992



Come see what we all talk about
People moving to the moon
Stop baby don't go stop here
Never stop living here
Till it eats the heart from your soul
Keeps down the sound of your
Silent sigh
Silent sigh, silent sigh silent sigh
Keeps down all move me down
Could we love eachother

Come see what we all talk about
People moving to the moon
Stop baby don't go stop here
Never stop living here
Till it eats the heart from your soul
Keeps down the sound of your
Silent sigh
Silent sigh, silent sigh silent sigh
Keeps down all move me down
But don't love eachother
No don't love eachother
Never gonna be the same


Suspiro Silencioso

Venha e veja do que todo mundo tá falando
tem gente se mudando pra lua
pare, baby, não vá, pare aqui
não deixe de morar aqui
até que isso devore o coração de sua alma,
mantenha baixo o som do seu
suspiro silencioso
Mantenha baixo tudo que me me leva pra baixo
A gente poderia amar um ao outro?


Mantenha baixo o som do seu
suspiro silencioso
Mantenha baixo tudo que me leva pra baixo
Mas não noa amamos,
Não, nós não nos amamos
nunca será a mesma coisa.
 
Foto: Divulgação (o protagonista do filme)